A tecnologia desempenha um papel cada vez mais proeminente nas nossas vidas. Desde a revolução industrial até a era digital, a tecnologia tem transformado a forma como vivemos, trabalhamos e comunicamos. Hoje, a tecnologia permeia quase todos os aspetos do nosso quotidiano.
Por um lado, a IA oferece uma automação eficiente de tarefas repetitivas, aumentando a produtividade, é precisa e eficiente, proporciona personalização de experiências, como recomendações de restaurantes com a análise dos nossos dados, e avanços notáveis na medicina, melhorando diagnósticos e tratamentos.
No entanto, à medida que a tecnologia se torna mais omnipresente, também surge a necessidade de reflexão crítica. Questões sobre possibilidade de desemprego tecnológico, falta de transparência nalgumas decisões de IA, ameaças à privacidade de dados, segurança cibernética e o impacto da automação na sociedade são apenas alguns dos muitos desafios que enfrentaremos. A necessidade de regulamentação e ética na inovação tecnológica torna-se cada vez mais premente.
Visto isto, compilei alguns dos problemas filosóficos que mais me preocupam.
A tecnologia já nos capacita a manipular o código genético, prometendo corrigir defeitos hereditários e, potencialmente, aprimorar características. No entanto, até que ponto devemos ir? A modificação genética para melhorar habilidades físicas ou intelectuais levanta questões sobre a igualdade e a autenticidade da experiência humana.
À medida que a tecnologia se torna mais presente nos nossos corpos, por exemplo, através de próteses avançadas ou implantes neurais, surge a questão: onde termina o ser humano e onde começa a tecnologia? A que ponto devemos permitir esta fusão?
A criação de sistemas de IA mais avançados desafiar-nos-á a redefinir o que entendemos como consciência e inteligência. Se uma IA exibe comportamentos complexos e autonomia, tal como um ser humano, devemos de lhe atribuir algum tipo de essência ou subjetividade? Devemos de lhe dar direitos? Devemos de a incluir na sociedade?
Afonso da Costa