quinta-feira, 26 de outubro de 2023

O futuro da IA

 A tecnologia desempenha um papel cada vez mais proeminente nas nossas vidas. Desde a revolução industrial até a era digital, a tecnologia tem transformado a forma como vivemos, trabalhamos e comunicamos. Hoje, a tecnologia permeia quase todos os aspetos do nosso quotidiano.

 Por um lado, a IA oferece uma automação eficiente de tarefas repetitivas, aumentando a produtividade, é precisa e eficiente, proporciona personalização de experiências, como recomendações de restaurantes com a análise dos nossos dados, e avanços notáveis na medicina, melhorando diagnósticos e tratamentos. 

 No entanto, à medida que a tecnologia se torna mais omnipresente, também surge a necessidade de reflexão crítica. Questões sobre possibilidade de desemprego tecnológico, falta de transparência nalgumas decisões de IA, ameaças à privacidade de dados, segurança cibernética e o impacto da automação na sociedade são apenas alguns dos muitos desafios que enfrentaremos. A necessidade de regulamentação e ética na inovação tecnológica torna-se cada vez mais premente.

 Visto isto, compilei alguns dos problemas filosóficos que mais me preocupam.

 A tecnologia já nos capacita a manipular o código genético, prometendo corrigir defeitos hereditários e, potencialmente, aprimorar características. No entanto, até que ponto devemos ir? A modificação genética para melhorar habilidades físicas ou intelectuais levanta questões sobre a igualdade e a autenticidade da experiência humana.

À medida que a tecnologia se torna mais presente nos nossos corpos, por exemplo, através de próteses avançadas ou implantes neurais, surge a questão: onde termina o ser humano e onde começa a tecnologia? A que ponto devemos permitir esta fusão?

 A criação de sistemas de IA mais avançados desafiar-nos-á a redefinir o que entendemos como consciência e inteligência. Se uma IA exibe comportamentos complexos e autonomia, tal como um ser humano, devemos de lhe atribuir algum tipo de essência ou subjetividade? Devemos de lhe dar direitos? Devemos de a incluir na sociedade?

Afonso da Costa

sexta-feira, 20 de outubro de 2023

Centro de Documentação 25 de Abril

 O Centro de Documentação 25 de Abril, que pertence à Universidade de Coimbra, recolhe, recupera, organiza e expõe documentos relacionados não só com a Revolução dos Cravos, mas com toda a segunda metade do século vinte português, tais como revistas, cartazes, panfletos, cartas, recortes de imprensa, registros audiovisuais e iconográficos, autocolantes e crachás.

 Fundado em 1984, a pedido de um grupo de alunos e professores universitários ligados à Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, na sequência da constatação de que muitos documentos alusivos ao Estado Novo e ao período da Revolução estavam a ser comprados por organismos estrangeiros, tornou-se num dos mais importantes arquivos nacionais sobre história portuguesa do século XX.

 Mais do que um mero arquivo, o Centro de Documentação 25 de Abril é um espaço de preservação da memória e da herança democrática lusitana. Está sempre disposto a acolher estudantes, investigadores e o público em geral, convidando-os a mergulhar nas páginas da história portuguesa.

 Para além de ser um espaço de investigação, o Centro promove uma série de iniciativas, como conferências, exposições e debates, que contribuem para informar e imergir a população nos acontecimentos de abril de 1974 e no contexto histórico-económico em que ocorreram.

Afonso da Costa