quarta-feira, 29 de março de 2023

Os jovens e a economia

 O papel da economia na vida dos jovens é um tema de grande importância nos dias de hoje. Embora seja um campo complexo e multifacetado, é vital compreender o seu papel no futuro das gerações mais jovens. A economia influencia diversos aspetos da vida dos jovens, desde a empregabilidade e o acesso à educação, até a sua capacidade de adquirir bens e serviços essenciais. Por isso, é fundamental analisar de que forma a economia pode ser utilizada para melhorar as oportunidades e o bem-estar dos jovens.

 Os jovens são a força motriz do futuro. Eles representam uma fonte inesgotável de energia e inovação, com ideias frescas e uma abordagem diferente das gerações anteriores. No entanto, em muitos países, a juventude enfrenta uma economia instável e em constante mudança, com altas taxas de desemprego, precariedade laboral e poucas oportunidades de progresso.

  A Fundação Francisco Manuel dos Santos realizou um estudo sobre este tema, onde mostra quem são os jovens portugueses, o que sentem, o que pensam e que hábitos têm. Foram inquiridos 2,2 milhões de jovens entre 15 e 34 anos e obteve números muito interessantes; resultados esses que dividi por categorias.

Empregabilidade:

  •  77% dos jovens querem ir para o universidade ter melhores empregos e melhores salários. Muitos não vão, ou por questões monetárias ou porque preferem trabalhar;
  • 30% dos jovens recebem entre 601 a 767 euros por mês, apenas 5% recebe entre 1159 a 1375 euros e 3% deles recebe mais de 1642 euros;
  • 49 % dos jovens têm contrato efetivo, 24% a termo certo, 12% a termo incerto e 15% têm outros;

Hegemonia:

  • 57% dos jovens vive com os pais, 29% com companheiro, 9% com outros e 5% deles vivem sozinhos.
Razões que levam os jovens a permanecer em casa dos pais:
  • 58% por instabilidade económica;
  • 10% sentem-se bem;
  • 7% cuidam do pai e da mãe;
  • 6% estão à espera de uma companhia estável;
  • 6% por instabilidade económica do companheiro.

Hábitos dos jovens:

  • 16% dos jovens têm filhos;
  • 4% dos jovens não têm amigos;
  • 96% variam entre 1 a 6 amigos;
  • 74% bebem álcool;
  • 24% fumam tabaco;
  • 14% usam drogas;
  • 23% já pensaram em suicidar-se;
  • 87% dos jovens têm posição politica.

 Em outros estudos, pode-se constatar que a maioria dos jovens que saem de Portugal, já que estavam desempregados ou num subemprego, emprega-se na área que realmente estudou e consegue um muito melhor salário. Somos o país da União Europeia com mais emigrantes, em relação população residente. De 2001 a 2011 a emigração qualificada aumentou 88%. Dos jovens que emigraram, 52% não pretende voltar, claramente porque conseguem ter uma vida mais estável nos país que foram habitar.

 Com a saída dos jovens para o estrangeiro, Portugal perde o investimento que fez na formação dos jovens e, claro, o que iria recuperar com eles ao longo da sua vida ativa, com os seus impostos. A saída destes 146 mil jovens causou 8,8 mil milhões de euros de prejuízo (10 anos do investimento público feito por universidades e institutos politécnicos). O capital humano vai ser oferecido aos países que os recebem a custo 0, ou seja, sem terem investido nada na pessoa em questão.

Afonso Amaro

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