sábado, 18 de março de 2023

Abstenção em Portugal

 A abstenção nas eleições em Portugal tem vindo a aumentar, sendo um tema que preocupa tanto a classe política quanto a sociedade em geral.

 Nas últimas eleições presidenciais realizadas em 2021, a taxa de abstenção atingiu 60,5%, um recorde histórico no país. Neste caso, se a abstenção fosse um partido, teria ganho as eleições com maioria absoluta.  A taxa mais elevada de abstenção observa-se nas eleições europeias, sendo de quase 70%.



 As razões por detrás deste fenómeno são diversas. Uma das explicações mais comuns é a falta de interesse da população pela política, o que origina uma distância entre os eleitores e os partidos políticos. Muitas vezes, a sociedade não se sente representada pelos partidos e não acredita que as eleições irão trazer mudanças significativas nas suas vidas. Além disso, há uma grande parcela da população que acredita que o seu voto não faz diferença. Esse pensamento é influenciado pela constatação de que, várias vezes, os resultados eleitorais já são previsíveis antes mesmo da votação.  Por fim, há também a questão da logística das eleições. Muitas vezes, as seções eleitorais são mal organizadas e os eleitores têm de enfrentar filas enormes e grandes atrasos para votar, o que pode criar um desânimo geral e à desistência de votar.

 Para enfrentar este problema, é preciso que a sociedade e os políticos se unam para criarem soluções. É necessário criar mecanismos para aproximar os eleitores dos partidos, incentivando a participação ativa da sociedade na política.

 É também preciso investir em campanhas de esclarecimento e educação política, para que a população esteja mais bem informada sobre os candidatos e as suas propostas. É, também, fundamental que sejam criadas condições para que as eleições sejam mais acessíveis e menos burocráticas, de modo a incentivar a participação dos eleitores. É importante investir em infraestruturas e logística, garantindo que as seções eleitorais estejam bem organizadas e equipadas para atender os eleitores com agilidade e conforto.

Afonso da Costa

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